segunda-feira, 26 de julho de 2010

A propaganda política de Vargas e o DIP

A propaganda política veiculada através dos órgãos de comunicação social constituiu uma peça das mais importantes para a construção e fixação da imagem do Estado Novo e do ditador Getúlio Vargas. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi o órgão governamental responsável por essa tarefa. Criado pelo decreto-lei nº 1.915, de 27 de dezembro de 1939, substituiu o antigo Departamento Nacional de Propaganda (DNP) ampliando seu raio de ação. Subordinado ao Ministério da Justiça, e instalado no Palácio Tiradentes, o DIP permaneceu sob a direção do jornalista e escritor sergipano Lourival Fontes ao longo de todo seu período de existência, que chegou ao fim em 25 de maio de 1945.
Suas atribuições eram extraordinariamente amplas, desde servir de órgão de informação dos ministérios e instituições públicas e privadas até promover toda sorte de iniciativas culturais de finalidades patrióticas, exercendo poder de censura sobre a imprensa, o teatro, o cinema e atividades esportivas; nada escapava ao poderoso e tentacular organismo.
Entre as áreas exploradas pelo DIP, o rádio alcançou grande destaque. Afinal, as transmissões radiofônicas faziam chegar a um público mais amplo tanto as realizações do governo, através da "Hora do Brasil", quanto a promoção de festivais musicais, onde, em um deles, Ari Barroso ganhou a primeira colocação com "Aquarela do Brasil".
A propaganda executada pelo DIP sobre Getúlio Vargas e sua família, sem dúvida, aproximou o ditador do povo e consagrou sua imagem de pai dos pobres.
Fonte: Enciclopédia de História do Brasil.

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