Na noite de doze de março de 1823, as tropas cearenses arregimentaram todos os homens das vilas vizinhas montando um exército de aproximadamente dois mil homens e formando assim, um pacto de todos para a luta.
Mesmo sem fardas, a coligação dos combatentes cearenses e piauienses obedeceu ao sinal de comando, suas armas eram espadas velhas, machados, foices e algumas espingardas usadas.
A coalizão dos independentes chegam as margens do rio Jenipapo, de onde pretendiam impedir a passagem do exército português, porém, além de estarem praticamente desarmados, alguns tinham pouca e outros nenhuma experiência em guerras.
Como no mês de março o rio fica quase seco, a maioria dos soldados aferraram em seu leito. Quando as tropas portuguesas próximas a uma bifurcação, o comandante Fidié ordenou que a tropa fosse dividida e que cada uma passaria por uma estrada.
No momento que as tropas portuguesas chegaram próximas ao rio, estas foram atacadas inesperadamente e acabaram recuando e ouvindo os tiros, todos os insurretos saíram de suas posições e foram perseguindo os portugueses pela estrada.
O comandante Fidié, percebendo o vazio deixado pelos portugueses, passou rapidamente o grosso da tropa para o outro lado do rio, escolheu um local favorável, cavou trincheiras, distribuiu armamento pesado, colocou em linha todos os seus atiradores e esperou o retorno dos brasileiros.
O saldo foi de duzentos brasileiros mortos e aproximadamente quinhentos feridos. No lado português sabe – se apenas que os mortos foram enterrados em cinco covas.
O maior mérito desta batalha foi sem dúvida o redirecionamento que o exército português tomou, pois extremamente cansados e com pouca comida, ao invés deles seguirem para a capital Oeiras e tentarem sufocar a adoção à independência por lá, foram para Caxias, no Maranhão, onde a força portuguesa ainda era grande e seu exército podia ser recebido com flores e não com facas e foices e poderem reorganizar-se.
Assim, a batalha de Jenipapo consolidou – se como a batalha mais sangrenta no processo de lutas pela independência do Brasil. Portanto, considerando que o grito as margens do Rio Ipiranga foi meramente um ato simbólico, este conflito entre portugueses e brasileiros as margens do Rio Jenipapo teve importância fundamental para a consolidação do território nacional e não ocorrendo o desmantelamento ocorrido na América espanhola.
A derrota não desanimou os que queriam a independência, eles se recompuseram e pediram auxilio ao general Labatut, em operação na Bahia.
Alguns homens da força expedicionária cearense que combateram em Campo Maior vão posteriormente penetrar novamente no Piauí,visando não mais esta, que já era uma província imperial, mas a província vizinha que se constituíra o centro das operações contra a idéia de independência.
Fonte:
http://www.batalhadejenipapo.blogspot.com/
MONTEIRO,Tobias. História do Império: a elaboração da independência 2º Tomo II. Instituto Nacional do Livro. 1972.
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http://www.batalhadejenipapo.blogspot.com/
MONTEIRO,Tobias. História do Império: a elaboração da independência 2º Tomo II. Instituto Nacional do Livro. 1972.
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