Há muito conhecido pelos árabes, o açúcar começou a divulgar-se na Europa a partir do século XII. Em Portugal, a cana foi cultivada no Algarves e na região de Coimbra desde o século XIV. Daí, passou para a ilha da Madeira, em meados do século seguinte.
Considerado uma especiaria, o consumo do açúcar ficou por muito tempo confinado às cortes e aos nobres. Após 1500, tornou-se um produto de luxo, ainda raro, mas utilizado de maneira cada vez mais intensa e variada. Somente no século XVIII, porém, como resultado da expansão da produção e do comércio, alcançou um público mais vasto, passando a adoçar o chá, o café e o chocolate, que se vulgarizavam.
Além de adoçante, o açúcar podia ser empregado como tempero (a pitada que ainda hoje se adiciona para cortar o sal), como conservante (frutas cristalizadas, por exemplo), como remédio (indicado pela farmacopéia árabe) e como decoração. Misturado a outras substâncias, o açúcar transforma-se em uma massa que pode ser modelada e pintada. Entre os séculos XV e XVII, e ainda mais tarde, constituía um símbolo de muito prestígio e riqueza recepcionar os convidados decorando a mesa com a escultura açucarada de um edifício ou outros objetos.
Em virtude do alto valor do açúcar no mercado internacional e dos conhecimentos adquiridos na produção do reino e da Madeira, a opção dos donatários pelo cultivo da cana em suas capitanias parece uma escolha quase inevitável. Principalmente porque, no litoral do Brasil, a presença de um solo argiloso escuro e pegajoso, rico em calcário, denominado massapê, prestava-se esplendidamente ao cultivo.
No entanto, a fabricação do açúcar tinha outras exigências. De um lado, a instalação do engenho demandava capitais consideráveis. De outro, trabalhadores especializados, capazes de dar o ponto de cozimento adequado e de refinar o produto. De preferência, instalavam-se os engenhos junto a um curso de água, que servia de força motriz para a moenda e de escoadouro para a produção (engenho real). Mas também os havia, e em maior número, movidos a tração animal (trapiches). Os colonos de alguma posse, destituídos porém de recursos para a montagem de um engenho, faziam cultivar a terra ao redor e moíam suas canas na instalação do senhor mais próximo, pelo que pagavam com uma parcela do produto final. Caso as terras pertencessem ao próprio senhor, esses lavradores tornavam-se canas obrigadas, isto é, só podiam moê-las naquele engenho.
Exceto pelos trabalhadores especializados, livres e assalariados, a mão-de-obra dos engenhos era predominantemente escrava. De início, recorreu-se aos indígenas, mas após 1570 os africanos tornaram-se cada vez mais comuns, uma vez que o número daqueles começou a declinar rapidamente e que estes adaptavam-se melhor a rotina do trabalho. Também não se pode esquecer que o comércio transatlântico de escravos converteu-se em um lucrativo negócio por essa época. Paralelamente ao trabalho no engenho, os escravos cuidavam igualmente de seu sustento, mantendo roças de alimentos, que podiam dispor como lhes convinha.
Por volta de 1545, o Brasil já dispunha de aproximadamente 25 engenhos espalhados de Pernambuco a São Vicente. Muitos, porém, não vingaram e, após a implantação do governo-geral, a produção tendeu a concentrar-se em Pernambuco e Bahia. Em 1570, estas duas capitanias reuniam 41 dos 60 engenhos do Brasil.
Fonte: enciclopédia de História do Brasil.
Considerado uma especiaria, o consumo do açúcar ficou por muito tempo confinado às cortes e aos nobres. Após 1500, tornou-se um produto de luxo, ainda raro, mas utilizado de maneira cada vez mais intensa e variada. Somente no século XVIII, porém, como resultado da expansão da produção e do comércio, alcançou um público mais vasto, passando a adoçar o chá, o café e o chocolate, que se vulgarizavam.
Além de adoçante, o açúcar podia ser empregado como tempero (a pitada que ainda hoje se adiciona para cortar o sal), como conservante (frutas cristalizadas, por exemplo), como remédio (indicado pela farmacopéia árabe) e como decoração. Misturado a outras substâncias, o açúcar transforma-se em uma massa que pode ser modelada e pintada. Entre os séculos XV e XVII, e ainda mais tarde, constituía um símbolo de muito prestígio e riqueza recepcionar os convidados decorando a mesa com a escultura açucarada de um edifício ou outros objetos.
Em virtude do alto valor do açúcar no mercado internacional e dos conhecimentos adquiridos na produção do reino e da Madeira, a opção dos donatários pelo cultivo da cana em suas capitanias parece uma escolha quase inevitável. Principalmente porque, no litoral do Brasil, a presença de um solo argiloso escuro e pegajoso, rico em calcário, denominado massapê, prestava-se esplendidamente ao cultivo.
No entanto, a fabricação do açúcar tinha outras exigências. De um lado, a instalação do engenho demandava capitais consideráveis. De outro, trabalhadores especializados, capazes de dar o ponto de cozimento adequado e de refinar o produto. De preferência, instalavam-se os engenhos junto a um curso de água, que servia de força motriz para a moenda e de escoadouro para a produção (engenho real). Mas também os havia, e em maior número, movidos a tração animal (trapiches). Os colonos de alguma posse, destituídos porém de recursos para a montagem de um engenho, faziam cultivar a terra ao redor e moíam suas canas na instalação do senhor mais próximo, pelo que pagavam com uma parcela do produto final. Caso as terras pertencessem ao próprio senhor, esses lavradores tornavam-se canas obrigadas, isto é, só podiam moê-las naquele engenho.
Exceto pelos trabalhadores especializados, livres e assalariados, a mão-de-obra dos engenhos era predominantemente escrava. De início, recorreu-se aos indígenas, mas após 1570 os africanos tornaram-se cada vez mais comuns, uma vez que o número daqueles começou a declinar rapidamente e que estes adaptavam-se melhor a rotina do trabalho. Também não se pode esquecer que o comércio transatlântico de escravos converteu-se em um lucrativo negócio por essa época. Paralelamente ao trabalho no engenho, os escravos cuidavam igualmente de seu sustento, mantendo roças de alimentos, que podiam dispor como lhes convinha.
Por volta de 1545, o Brasil já dispunha de aproximadamente 25 engenhos espalhados de Pernambuco a São Vicente. Muitos, porém, não vingaram e, após a implantação do governo-geral, a produção tendeu a concentrar-se em Pernambuco e Bahia. Em 1570, estas duas capitanias reuniam 41 dos 60 engenhos do Brasil.
Fonte: enciclopédia de História do Brasil.
Hoje se fala muito dos males do açucar,principalmente o refinado.Mas foi exatamente o açucar,que nos fez naçao!E,pelo jeito,e herdados o paladar portugues pelos doces,seguimos na doçura...Longe os dias de sermos uma plantation,mas somos,de acordo com pesquisa inedita e inglesa,o povo numero um(!!!)no mundo,no consumo do mesmo,para a alegria dos dentistas(que aqui sao otimos e muito especializados!!!),dos nutricionistas e a industria farmaceutica em geral,a preparar remedios e formulas de emagrecimento...Ate falam,das "Brazilian pills"-remedio para nos fazer comer menos,nao engordar e ficar longe do açucar!!!Esta comodity que nos fez naçao,agora andam malhando...Sou uma baby boomer,e me lembro bem quando era sinal de doença,ser magro!!!Era feio e rejeitadas eram as pessoas raquiticas,bem ligadas a uma tuberculose.Os tempos mudaram,e hoje estamos ligados a diabetes!mas,o açucar,nao seria o unico responsavel,e sim,uma ingestao enlouquecida de fast food de todas as nacionalidades!!!! E,nao nos esqueçamos do alcool e toda a sua contribuiçao energetica...A cana de açucar fez e faz uma naçao!
ResponderExcluirValeu por tudo, vou fazer agr meu trabalho, e se inscrevam no meu canal Darkness Craft, o segundo, com 400 inscritos, e seja meu inscrito fiel
ResponderExcluirÓtimo texto
ResponderExcluirnossa ajudou muito a fazer o meu trabalho obrigado❤
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